O prefeito de Itaituba, cidade com aproximadamente 100 mil habitantes localizada no sudoeste do Pará e alvo de garimpo ilegal, protagonizou mais uma polêmica nas redes. Desta vez, Valmir Climaco (MDB) surgiu proferindo frases machistas durante um evento. Com um microfone nas mãos, ele disse:
— Pense em um lugar que tem tanta rapariga boa.
Ele dá sequência ao discurso sexista declarando que "vai comer mais de 20", apontando para algumas mulheres que estão no local. A filmagem foi gravada no último sábado (5), e viralizou nas redes sociais.
Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, o gestor não negou o que disse e alegou que as falas "não passavam de uma brincadeira". Sobre referenciar as mulheres como "raparigas boas", ele reiterou que tratava-se de um elogio. Segundo Climaco, o episódio aconteceu durante uma festa promovida pelo vereador Felipe Marques (PSL), da Câmara Municipal de Itaituba.
— Eu cheguei lá 2h da manhã, estava todo mundo bebo, a mulherada Quem nunca tomou um porre na vida? — indaga.
Nas imagens, ele aparenta estar em uma área reservada da festa. De óculos escuros e visivelmente desinibido, ele é cercado por outros homens que aplaudem as frases que são disparadas sem qualquer constrangimento.
— Eu tô aqui dizendo o seguinte, eu vou comer aquela, eu vou comer aquela.
Em outro trecho do vídeo, ele aparece dançando e abrindo a camisa. Mais uma vez, a conduta do prefeito é ovacionada por parte do público.
O prefeito admitiu que a família dele, principalmente a mulher, não apoiou o seu comportamento na ocasião.
— A minha mulher não gostou, nem minha filha. Mas eu sou um homem de família. Não arranjei nenhuma mulher, não briguei. Eu estava bêbado, fazer o quê? — questionou Climaco, que disse ter gravado e enviado um áudio em aplicativos de mensagem para se desculpar com a população local.
Durante as eleições municipais de 2020, o chefe do Executivo municipal viralizou nas redes sociais após comemorar a reeleição. Na gravação, ele aparece bêbado, sem camisa e festejando com outras pessoas.
O prefeito também é envolvido em processos judiciais. Em 2019, a pedido do Ministério Público Federal, ele foi condenado por crime ambiental em Altamira, cidade no sudeste do Pará. No mesmo ano, a Polícia Federal apreendeu 583 quilos de cocaína dentro de uma fazenda de Climaco.