O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (11) que só haverá reajuste salarial para policiais federais neste ano se outras categorias de servidores que também reivindicam aumento abrirem mão do pleito.
— Se houver entendimento por parte dos demais servidores, alguns ameaçam greve, a gente pretende conceder essa recomposição aos policiais federais, rodoviários federais e agentes penitenciários. Se não houver entendimento, a gente lamenta e deixa para o ano que vem — disse em entrevista à TV Brasil, ao justificar que a pandemia de covid-19 deixou o governo federal sem recursos para estender o benefício aos demais integrantes do funcionalismo público.
Aprovado no final do ano passado pelo Congresso, o orçamento deste ano incluiu na versão final uma reserva de recursos de R$ 2 bilhões para aumento aos servidores. Apesar de a verba não ser carimbada a nenhuma categoria em específico, Bolsonaro sempre deixou evidente, como fez na entrevista desta sexta, que o valor seria destinado a reajuste para policiais federais, rodoviários federais e agentes penitenciários.
A seletividade gerou um efeito cascata em outras categorias, que também reivindicam correção de seus salários. Uma greve geral de funcionários não é descartada.
O presidente também comentou a formalização do convite para que o Brasil inicie o processo de entrada na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
— O convite é um indicativo de que o mercado acredita na gente, nossa política externa é muito boa. A entrada na OCDE é um carimbo de bom companheiro para negócios com o Brasil. Esse noivado vai demorar, em média, quatro anos. Em 2024, 25, devemos ter concretizada essa entrada na OCDE — comemorou.