O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar o passaporte vacinal e outras medidas nesse sentido em pronunciamento na véspera de Ano-Novo, transmitido na noite desta sexta-feira (31) em cadeia nacional de rádio e televisão, e nas redes sociais. Bolsonaro citou que o país encerrou o ano de 2021 com a distribuição de 380 milhões de doses de vacinas.
— Não apoiamos o passaporte vacinal. Nem qualquer restrição àqueles que não desejam se vacinar — pontuou.
Na sequência, afirmando que “a liberdade tem que ser respeitada”, o presidente destacou a necessidade de pré-requisitos para a vacinação de crianças com idades entre cinco e 11 anos. Apesar do aval da Anvisa e do registro de vacinação dessas faixas etárias em outros países, o governo federal demonstra resistência à imunização das crianças.
— Defendemos que as vacinas para as crianças entre cinco e 11 anos sejam aplicadas somente com o consentimento dos pais e prescrição médica. A liberdade tem que ser respeitada — salientou.
No início do pronunciamento, Bolsonaro afirmou que o governo atual assumiu o país com “sérios problemas morais, éticos e econômicos”. O presidente também citou a entrega de mais de 1,2 milhão de moradias via programa “Casa Verde e Amarela” e a criação do Auxílio Emergencial. No âmbito do mercado de trabalho, o chefe do Executivo afirmou que o Brasil está fechando o ano com saldo de três milhões de novos empregos e saldo positivo de cinco milhões de empresas abertas.
— Adentraremos 2022 com esperança de que tudo se volte à normalidade. Já são mais de 800 bilhões de reais contratados pela iniciativa privada, que vão gerar milhões de novos postos de trabalho somente nas áreas de Infraestrutura — afirmou.
Bolsonaro destacou o início dos pagamentos do Auxílio Brasil, programa que substituiu o Bolsa Família, com valor mínimo de R$ 400:
— O Auxílio Brasil vai ajudar 17 milhões de famílias mais necessitadas a superar suas dificuldades econômicas e sociais agravadas pela pandemia — disse.
No encerramento do discurso, o presidente falou sobre as tragédias que assolam a Bahia e Minas Gerais, citando o envio de membros do primeiro escalão do Governo aos locais. A ausência de Bolsonaro na Bahia gerou discussões nos últimos dias.
— Lembro agora dos nossos irmãos da Bahia e do norte de Minas Gerais que nesse momento estão sofrendo os efeitos de fortes chuvas na região. Desde o primeiro momento, determinei que os ministros João Roma e Rogério Marinho prestassem total apoio aos moradores desses mais de 70 municípios atingidos — disse Bolsonaro.