- Raimundo Nonato Brasil, sócio da empresa de logística VTCLog, fala à CPI da Covid nesta terça-feira (5)
- A empresa presta serviços ao Ministério da Saúde desde 2018, ainda no governo Michel Temer, quando o titular da pasta era o deputado Ricardo Barros (PP-PR)
- Na CPI, os senadores investigam se há irregularidades nos contratos, inclusive para a distribuição das vacinas contra a covid-19
- A comissão também apura denúncias envolvendo o Departamento de Logística da pasta e o ex-diretor do setor, Roberto Ferreira Dias
O que foi dito
- Em sua fala inicial, o depoente afirmou que todos os contratos mantidos entre a VTCLog e o poder público estão sob controle de autoridades internas, do Ministério Público, do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria-Geral da União (CGU)
- Raimundo Nonato Brasil afirmou que os sócios da VTCLog não se envolvem em tratativas com órgãos públicos. Segundo ele, os responsáveis pelas negociações são a área jurídica e diretoria-executiva, comandada por Andreia Lima
- O empresário confirmou que houve um aditivo de R$ 80 milhões no contrato da VTCLog e o Ministério da Saúde. Segundo ele, o pedido foi feito pela própria pasta em razão de aumento de demanda na pandemia
- Andreia Lima foi autorizada a prestar depoimento junto com o sócio. A avaliação dos membros da CPI é que Nonato não estava respondendo as questões com detalhes
- Nonato confirmou reajuste de R$ 80 milhões no contrato junto ao Ministério da Saúde. O aditivo foi por conta do "aumento da demanda" causado pela pandemia, disse
- O sócio negou sobrepreço no contrato e disse que não pagou qualquer tipo de vantagem a Roberto Dias. Afirmou que se reuniu poucas vezes com o ex-diretor do Ministério da Saúde
- O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), citou contratos que somam cerca de R$ 400 milhões entre a VTCLog e o Ministério da Saúde, que teriam sido firmados em 2017 e 2018, sem licitação