A frente do recém-criado ministério do Trabalho e Previdência, o deputado gaúcho Onyx Lorenzoni espera zerar a fila da previdência em um prazo de "seis meses a sete meses". A expectativa do ministro é de que até o final do primeiro trimestre de 2022, aqueles que estão com o pedido atrasado recebam uma resposta.
Em entrevista ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, o ministro disse que um dos motivos destes atrasos é a falta de profissionais trabalhando no INSS.
— O INSS carece de força de trabalho. Nós temos que simplificar os processos. Pretendo dentro de uns 30 dias já ter uma série de ações estruturadas para que a gente possa ter mais agilidade, e reduzir gradual e rapidamente a fila — afirmou.
Entretanto, na sequência, o ministro admitiu que o prazo para resolver esta espera na Previdência Social pode ir até março ou abril. Onyx deixou claro que irá tentar atingir esta meta.
— Vou lutar muito para isso — prometeu.
Onyx diz que a pasta sob seu comando conta com 37 mil servidores, com um orçamento de R$ 800 bilhões. Antes inseridas no Ministério da Economia, Trabalho e Previdência agora “vieram para ficar”, como disse o ministro.
Para solucionar os problemas da previdência, o ministro promete investir em tecnologia. Usou de exemplo o aplicativo criado para a distribuição do auxílio emergencial quando chefiava o Ministério da Cidadania, e promete “inovar” no novo ministério.
Emprego
Na terça-feira (10), a Câmara dos Deputados aprovou, por 304 votos a 133, o texto-base da Medida Provisória que renova Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm), que prevê a redução ou suspensão de salários e jornada de trabalho com o pagamento de um benefício emergencial aos trabalhadores.
Além deste beneficio, a medida destrava a volta de outros três programas:
- Programa Primeira Oportunidade e Reinserção no Emprego (Priore): Destinado a jovens de 18 a 29 anos. O programa admite o empregado com carteira assinada, e contrato de até 24 meses. Pessoas de 55 anos ou mais, que estão fora do mercado há 12 meses, também podem fazer parte do programa.
- Bônus de Inclusão Produtiva (BIP): Destinado a pessoas além dos 25 anos, com foco nos trabalhadores de 50 anos ou mais. É uma opção para aqueles que não trabalham nem estudam atualmente. Admissão sem carteira assinada, com capacitação obrigatória; emprego de 1 turno, renovado a cada ano.
- Serviço Social Voluntário: O ministro explicou que neste programa vale as mesmas regras do BIP, mas é voluntariamente feito pelas prefeituras.
Onyx afirmou que o governo já criou 1,5 milhões de empregos e espera chegar aos 2 milhões até o final do ano. Os programas devem entrar em vigor em novembro, após passarem pela Câmara e pelo Senado.