O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), defendeu a manutenção do atual sistema eletrônico de votações, em entrevista à CNN Brasil exibida na noite desse domingo (4). O senador declarou que não identifica indícios de fraudes em eleições e que confia na Justiça Eleitoral.
— A minha posição é de plena confiança na Justiça Eleitoral brasileira. Não identifico indício algum de fraude nos resultados eleitorais do Brasil. Portanto, essa é uma opinião que tenho, que o sistema eleitoral deveria continuar pelo sistema eletrônico. No entanto, como presidente do Senado, devo permitir que as divergências possam coabitar e discutir um resultado que seja eventualmente diferente daquilo que eu prego ou penso — disse.
A manifestação contraria o presidente Jair Bolsonaro, que vem lançando, sem qualquer evidência, suspeitas sobre o processo eleitoral com urnas eletrônicas e defendendo a adoção de um sistema de voto impresso.
Na entrevista, Pacheco voltou a dizer que o impeachment "não pode ser banalizado''.
— É um instituto que existe no ordenamento jurídico e que gera muita desestabilização. Acaba sendo uma ruptura, de modo que tem que ser tratado com muita responsabilidade, sobretudo no momento em que o Brasil precisa de união, pacificação e consenso — disse.
O senador defendeu, ainda, a aprovação de uma reforma tributária que não aumente a carga tributária.
— É fundamental que o Poder Executivo se faça presente, porque é o ente que arrecada, mas também é um papel do Congresso Nacional, de apresentar uma fórmula, uma proposta, que signifique desburocratização, simplificação, que combate algo muito grave hoje, que é a desigualdade — afirmou.
Rodrigo Pacheco também manifestou preocupação com o avanço de uma reforma administrativa. Há resistência na base do governo.
— Isso pode pesar muito porque o Congresso é formado pelo critério da maioria — disse.