A Polícia Federal cumpre, nesta quarta-feira (2), seis mandados de prisão e 19 de busca e apreensão em ofensiva sobre supostas irregularidades na construção de um hospital de campanha usado no combate à pandemia do coronavírus no Amazonas. As ordens judiciais são cumpridas em Manuas e em Porto Alegre.
Segundo o portal G1, o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), foi alvo de busca. Os agentes estiveram na casa do político e na sede do governo do Estado.
Já os mandados de prisão são contra o secretário de Saúde amazonense, Marcellus Campêlo, o empresário Nilton Consta Lins Júnior e outras quatro pessoas que estariam envolvidas no esquema. O secretário foi procurado em dois endereços, mas não foi encontrado.
Os mandados foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A corte também autorizou a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do governador e do secretário.
As ações são parte da quarta fase da Operação Sangria, que investiga crimes de fraude a licitação e desvio de recursos públicos.
"Segundo as investigações, há indícios de que funcionários do alto escalão da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas realizaram contratação fraudulenta, para favorecer grupo de empresários locais, sob orientação da cúpula do Governo do Estado, de um hospital de campanha que, de acordo com os elementos de prova, não atende às necessidades básicas de assistência à população atingida pela pandemia covid-19, bem como coloca em risco de contaminação os pacientes e os funcionários da unidade", diz a PF, em nota.