O Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (1º) publica portaria do governo federal que suspende o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Eduardo Bim, do exercício da função pública. O ato cumpre decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que em 19 de maio afastou Eduardo Bim e outros nove servidores do órgão no âmbito da Operação Akuanduba.
Bim é alvo da apuração que resultou em busca e apreensão em endereço do ministro Ricardo Salles e do Ministério do Meio Ambiente. A Polícia Federal investiga a edição de um despacho pelo Ibama, em 2020, que teria permitido a exportação de produtos florestais sem a necessidade de emissão de autorizações. Na operação, o ministro da Corte Alexandre de Moraes também determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ministro Salles e de servidores do Ibama.
A portaria que oficializa o afastamento de Bim é assinada pela Casa Civil da Presidência. A suspensão começou a valer a partir de 19 de maio e terá duração de 90 dias.
O ato também suspende outros quatro servidores, dois do Ibama e dois do Ministério do Meio Ambiente: Olivaldi Alves Borges Azevedo (Secretário Adjunto da Secretaria de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente); Leopoldo Penteado Butkiewicz (Assessor Especial do Ministro de Estado do Meio Ambiente); Olímpio Ferreira Magalhães (Diretor de Proteção Ambiental do Ibama); e João Pessoa Riograndense Moreira Junior (Diretor de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas do Ibama).