- A CPI da Covid recebe em audiência pública, nesta sexta-feira (11), os cientistas Natalia Pasternak e Claudio Maierovitch
- Natalia é PhD com pós-doutorado em microbiologia na área de genética molecular de bactérias
- Maierovitch é médico sanitarista e foi presidente da Anvisa de 2003 a 2008
- Os dois falam à comissão na condição de convidados
O que foi dito à comissão
- Natalia adotou um tom crítico ao uso de medicamentos sem a eficácia comprovada para o tratamento precoce da covid-19
- "A gente testou em animais, a gente testou em humanos, a gente só não testou em emas porque as emas fugiram", disse a cientista sobre a cloroquina
- "Negacionismo da ciência, perpetuado pelo governo, mata", declarou
- Maierovitch criticou a tese da imunidade de rebanho: "Rebanho se aplica a animais, e fomos tratados dessa forma", afirmou
- Natalia disse que não é possível "mensurar quantas pessoas morreram de desinformação" e criticou a falta de adoção, principalmente do presidente Jair Bolsonaro, do uso de equipamento de proteção, como máscaras, para tentar conter a disseminação do vírus
- Maierovitch criticou o comportamento de colegas de profissão que integrariam o suposto "gabinete paralelo" de assessoria a Bolsonaro em assuntos da pandemia. Sobre a médica Nise Yamaguchi, que à comissão negou fazer parte de um assessoramento paralelo, Maierovitch disse ter ficado "espantado"
- "Fui colega de faculdade. Sabendo da experiência anterior, agora assumindo posições e defesa de atitudes anticientíficas, eu estranhei muito", afirmou o sanitarista
ROSANE DE OLIVEIRA
colunista