O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello passou mal no intervalo da sessão da CPI da Covid. O general precisou ser atendido pelo senador Otto Alencar (PSD-BA), que é médico e titular da comissão. Depois disso, ele deixou o prédio do Senado e informou que retornará na quinta-feira (20).
O anúncio do adiamento do depoimento foi feito pelo presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), no Twitter. A sessão já estava suspensa em razão das votações no plenário do Senado, mas a previsão inicial era de que seria retomada ainda nesta quarta-feira.
"Suspendemos a sessão de hoje por conta do plenário do Senado. Ainda há 23 senadores inscritos. Voltaremos amanhã às 9h30", informou Aziz no Twitter.
Pazuello teve um mal-estar, uma síndrome vasovagal, foi atendido de imediato por Alencar e se recuperou. Em entrevista à CNN, Alencar afirmou que o ex-ministro "poderia continuar" a dar o depoimento.
— Nós já fizemos o atendimento — disse o senador e médico.
Pazuello presta depoimento na condição de testemunha. Ele conseguiu um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para ter o direito de ficar em silêncio durante a sessão. Mas, até o momento, o general não se negou a prestar nenhuma informação.
Em depoimento, afirmou que só soube do risco de abastecimento de oxigênio em Manaus no dia 10 de janeiro à noite, em reunião com o governador do Estado e secretários. A data na qual o ministério foi informado sobre o problema no Amazonas faz parte de um imbróglio de versões. A atuação do ex-ministro no caso é investigada em inquérito.
Como revelou o Broadcast/Estadão, em depoimento à Polícia Federal (PF) em fevereiro, o ex-ministro mudou a versão do governo e disse que não soube do colapso no fornecimento de oxigênio no dia 8 de janeiro, como a Advocacia-Geral da União (AGU) havia informado ao Supremo Tribunal Federal (STF) anteriormente.
Por outro lado, Pazuello também disse à CPI que no dia 8 de janeiro já se iniciou o transporte aéreo de oxigênio para Manaus.