Deputados usaram suas redes sociais para comentar o atraso no envio de insumos da China para produção de vacinas contra a covid-19 no país. A demora no despacho das remessas teria sido causada por atritos diplomáticos entre o Brasil e a China, segundo as declarações.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), marcou uma reunião para quarta-feira (20) com Yang Wanming, embaixador da China em Brasília, para discutir o envio de doses e de insumos para produção de imunizantes.
O líder do PT na Câmara, Enio Verri (PR), afirmou que, "na falta de um presidente e por causa de um chanceler atrapalhado, incompetente e ofensivo", o presidente da Câmara tentará "explicar que o Brasil, ao contrário do governo Bolsonaro, respeita a China e deseja a vacina".
O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) ironizou o slogan do governo federal dizendo: "'Brasil acima de tudo', mas os desastres diplomáticos colocam o Brasil no fim da fila pelas vacinas". Valente também afirmou que o governo Bolsonaro "acabou com o Brics (grupo composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) quando mais precisamos".
Natália Bonavides (PT-RN) classificou os ataques da família Bolsonaro ao governo chinês como "desastrosos em todos os sentidos" e "antidiplomacia negacionista". A deputada também destacou o trabalho dos governadores que, segundo ela, "correm em busca de vacinas e insumos para conter a pandemia". "Lutar pela vida é terminar com esse desgoverno!", conclui Natália.
A deputada Erika Kokay (PT-DF) disse que os atritos diplomáticos entre os países foram causados "pela família Bolsonaro e seu chanceler terraplanista". A deputada classificou os ataques como "ideológicos e estúpidos".
— Destruíram nossa política externa altiva e ativa e fizeram do Brasil pária internacional — completou.