Em pronunciamento oficial nesta segunda-feira, que marca o dia 7 de setembro, dia da Independência da República, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o país desenvolveu um "senso de tolerância" e defendeu o movimento anticomunista dos anos 1960. A fala foi transmitida em cadeia nacional de rádio e televisão às 20h.
"Naquele histórico 7 de setembro de 1822, às margens do Ipiranga, o Brasil dizia ao mundo que nunca mais aceitaria ser submisso a qualquer outra nação e que os brasileiros jamais abririam mão da sua liberdade. A identidade nacional começou a ser desenhada com a miscigenação entre índios, brancos e negros", afirmou.
Depois, "ondas de imigrantes se sucederam, trazendo esperanças que em suas terras haviam perdido", disse.
"Religiões, crenças, comportamentos e visões eram assimilados e respeitados. O Brasil desenvolveu o senso de tolerância, os diferentes tornavam-se iguais. O legado dessa mistura é um conjunto de preciosidades culturais, étnicas e religiosas, que foram integradas aos costumes nacionais e orgulhosamente assumidas como brasileiras."
Passados quase dois séculos da Independência, o país "consolidou sua posição no concerto das nações" e, no século XX, durante a II Guerra Mundial, a "Força Expedicionária Brasileira foi à Europa para ajudar o mundo a derrotar o nazismo e o fascismo", diz o presidente.
"Nos anos 60, quando a sombra do comunismo nos ameaçou, milhões de brasileiros, identificados com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas, foram às ruas contra um país tomado pela radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada. O sangue dos brasileiros sempre foi derramado por liberdade. Vencemos ontem, estamos vencendo hoje e venceremos sempre", afirma.
Bolsonaro também afirmou que reitera seu amor pela pátria, o compromisso com a Constituição e com a preservação da democracia e liberdade, valores que o país "jamais abrirá mão".
"A Independência nos deu a liberdade para decidir nossos destinos e a usamos para escolher a democracia. Formamos um povo que acredita poder fazer melhor."
O presidente finaliza o pronunciamento afirmando que os brasileiros formam uma "nação temente a Deus, que respeita a família e que ama a sua pátria".