Levantamento apresentado pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luis Roberto Barroso, mostra que o eleitorado total apto a votar nas eleições municipais de 2020 cresceu 2,66% se comparado com 2016.
São 147.918.483 brasileiros com título eleitoral — desses, 14.538.651 não são obrigados a registrar o voto (analfabetos, jovens de 16 e 17 anos e idosos acima dos 70). Segundo balanço do TSE, entre os integrantes desse grupo estão 65.589 idosos com mais de cem anos e que estão com as obrigações eleitorais em dia. Além disso, há 1.030.563 jovens de 16 e 17 anos que também fizeram o título, mas cujo o voto é facultativo.
A maioria do eleitorado é formada por mulheres (77.649.569), que representam 52,49% do total. De acordo com Barroso, o dado justifica as ações adotadas tanto pelo Congresso quanto pelo TSE e pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir o aumento do número de mulheres na política. Diversas ações foram adotadas nos últimos anos para garantir cotas de gênero para alcançar pelo menos 30% de candidaturas femininas, a fim de equilibrar o número de eleitoras ao número de representantes femininas em cargos eletivos.
O Estado que teve maior aumento foi Amazonas e o único que apresentou redução no número de eleitores foi Tocantins. São Paulo continua sendo o maior colégio eleitoral do país.
A maior parte do eleitorado brasileiro informou ter o Ensino Médio completo, sendo 37.681.635 (25,47%) nesta condição. Em seguida, outros 35.771.791 eleitores (24,18%) disseram ter o Ensino Fundamental incompleto. Outros 22.900.434 (15,48%) possuem o Ensino Médio também incompleto. Apenas 10,68% do eleitorado brasileiro, ou seja, 15.800.520, concluiu a graduação superior. Enquanto em 2016 os eleitores com deficiência eram 598.314, neste ano, 1.158.234 declararam necessitar de algum tipo de atendimento especial.
Por causa da pandemia de coronavírus, a Justiça Eleitoral decidiu excluir o uso da biometria como meio de identificação nas eleições deste ano. Segundo levantamento do TSE, houve avanço “significativo” na coleta da biometria últimos quatro anos. Enquanto, em 2016, 46.305.957 pessoas foram identificadas a partir das impressões digitais, em 2018 esse número saltou para 87.363.098 e, em 2020, já soma 117.594.975. Esse avanço significa que 79,50% dos eleitores brasileiros já estão identificados pela biometria.
Deputados e senadores alteraram a data das eleições por causa da pandemia. O primeiro turno ocorrerá no dia 15 de novembro e o segundo turno no dia 29 de novembro.