A defesa do ex-presidente Lula protocolou um mandado de segurança no Superior Tribunal da Justiça (STJ) contra a decisão do ministro da Justiça, André Mendonça, de negar acesso às informações relacionadas à cooperação internacional entre a Operação Lava-Jato e autoridades americanas.
A suspeita de que a força-tarefa da Lava-Jato colabore em caráter não formalizado com o governo americano é aventada desde 2016 pela defesa do ex-presidente.
No documento, os advogados pedem "que seja concedida a segurança, a fim de que se franqueie acesso à cópia integral de todos os eventuais registros relativos ao intercâmbio de informações, contatos, encontros, provas, procedimentos e investigações entre as autoridades locais e norte-americanas no âmbito da 'Operação Lava Jato'".
"Ou então, para que referido órgão esclareça e certifique que não participou dessa cooperação internacional com os Estados Unidos da América na condição de autoridade central", segue o texto.
Uma reportagem produzida pelo jornal The Intercept Brasil em parceria com a Agência Pública indica que agentes do FBI teriam atuado em investigações realizadas no território nacional pela Lava-Jato. E o suposto intercâmbio entre os procuradores e os agentes americanos será citado pelo PT em suas ações contra os procuradores da Lava-Jato em Curitiba.
O documento é assinado pelos advogados Cristiano Zanin Martins, Valeska Teixeira Z. Martins, Maria de Lourdes Lopes, Eliakin T. Y. P. dos Santos e Guilherme Q. Gonçalves.