A Procuradoria da República no Distrito Federal denunciou Sara Giromini, conhecida como Sara Winter, pelos crimes de injúria e ameaça, praticados de forma continuada, contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A ativista teve prisão provisória decretada na segunda-feira (15).
As condutas, segundo o procurador da República Frederick Lustosa, foram veiculadas em canal no YouTube e na conta pessoal do Twitter da acusada. Na denúncia enviada à 15ª Vara de Justiça Federal de Brasília na terça-feira (16), Lustosa lista declarações proferidas por Winter, após ela ser alvo de busca e apreensão determinadas por Alexandre de Moraes.
"A investigada utilizou-se das redes sociais para atingir a dignidade e o decoro do ministro, ameaçando de causar-lhe mal injusto e grave, com o fim de constrangê-lo", afirma o procurador.
Alvo da operação no chamado inquérito das fake news do STF, no fim de maio, a ativista Sara Winter publicou vídeo no YouTube em que xingou com palavrões o ministro, ao reagir à ação da Polícia Federal que apreendeu seu celular e seu computador.
— Juro por Deus, essa era minha vontade. Eu queria trocar soco com esse filho da puta desse arrombado. Infelizmente, não posso — disse Sara sobre Moraes, em vídeo nas redes sociais, afirmando que não será calada pela investigação conduzida pelo ministro.
Na postagem, a ativista fala ainda que Moraes nunca mais encontrará paz na vida, depois de ter tomado o que ela classificou como "a pior decisão da vida" do magistrado.
— Você me aguarde, Alexandre de Moraes. O senhor nunca mais vai ter paz na vida do senhor. A gente vai infernizar a tua vida. A gente vai descobrir os lugares que o senhor frequenta. A gente vai descobrir quem são as empregadas domésticas que trabalham para o senhor. A gente vai descobrir tudo da sua vida, até o senhor pedir para sair.