A Polícia Civil do Distrito Federal cumpriu, na manhã deste domingo (21), um mandado de busca e apreensão em chácara usada como ponto de apoio do grupo armado de extrema direita 300 do Brasil. A ação é parte da investigação sobre a prática de supostos crimes de milícia privada, ameaça e porte ilegal de armas, segundo informou a assessoria de imprensa da Polícia Civil.
A operação foi feita pela Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado do órgão no início da manhã e contou com a participação de 30 policiais. Também são investigados os grupos Patriotas e QG Rural.
Na casa, na região de Arniqueiras, foram apreendidos fogos de artifício, telefones celulares, um facão, cartazes, discursos, um cofre e outros materiais usados em manifestações. Ninguém foi preso.
O 300 do Brasil também é investigado pela Polícia Federal. O grupo defende o governo Jair Bolsonaro e prega intervenção militar contra o Supremo e o Congresso. Eles acampavam na Esplanada dos Ministérios, mas foram retirados pelo governo do Distrito Federal.
Na noite de sábado (13), integrantes do grupo atacaram o prédio do STF em Brasília com fogos de artifício. A pedido do presidente do tribunal, ministro Dias Toffoli, a Procuradoria-Geral da República abriu investigação para a responsabilização dos autores.
Na última segunda-feira (15), no âmbito do inquérito sobre protestos antidemocráticos, a extremista Sara Geromini, que faz parte do grupo, foi presa após operação da PF.