O advogado Frederick Wassef, dono do escritório em Atibaia (SP) onde Fabrício Queiroz foi preso na quinta-feira (18), afirmou ser "uma vítima de uma armação para incriminar o presidente Jair Bolsonaro". Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Wassef disse também que não é o "anjo". A referência é ao apelido dado a ele pela família do presidente e que deu nome à operação que prendeu Queiroz.
Ao jornal, Wassef negou que tenha abrigado Queiroz e que tenha mantido contatos com a sua família:
— Nunca telefonei para Queiroz, nunca troquei mensagem com Queiroz nem com ninguém de sua família. Isso é uma armação para incriminar o presidente.
Segundo o advogado da família Bolsonaro, Queiroz, em tratamento contra um câncer, foi submetido a duas cirurgias na Santa Casa de Bragança Paulista (SP).
— Não é verdade que ele tenha passado um ano no meu escritório — afirma.
Wassef diz ainda que seu escritório em Atibaia estava em obras e que plantaram um malote lá, em uma referência a policiais civis de São Paulo que coordenaram a prisão de Queiroz:
— Meu escritório estava em obras. Os móveis estavam do lado de fora. Não tinha nada lá. Vi na TV que encontraram um malote. Isso foi plantado. Não escondi ninguém. Estão me atribuindo coisas que não fiz. O escritório estava vazio. Os móveis estavam do lado de fora da casa. Tudo estava fora do lugar.
Wassef tem pelo menos nove procurações para advogar em nome do clã Bolsonaro. O advogado é amigo pessoal do presidente há seis anos. O criminalista, que tomou a iniciativa de se aproximar de Bolsonaro em 2014, declara amor ao presidente —segundo ele, um homem puro, até ingênuo.