Os servidores que estão trabalhando no Ministério da Saúde nesta segunda-feira (6) desceram dos escritórios e ficaram em frente ao prédio da pasta para receber o ministro Luiz Henrique Mandetta, que está em reunião no Palácio do Planalto.
A tensão entre o ministro e o Bolsonaro se agravou nesta segunda-feira e o jornal O Globo publicou que a demissão está sendo avaliada pelo presidente.
Desde que começou a circular no meio da tarde a informação da possível demissão, servidores de diversos setores do Ministério começaram a se articular para manifestar apoio ao ministro. Como ele saiu para conversar com o presidente e afirmou que pode voltar para o ministério a qualquer momento, dezenas de servidores decidiram ir para a frente do Ministério para demonstrar apoio e dizer que ele não deve ser demitido.
Assessores do ministro Mandetta mandaram as fotos para ele, mas, segundo relatos, ele não gostou, pois os funcionários estavam se aglomerando, o que não é o correto neste momento.
Mais cedo, a coletiva que atualiza os dados do coronavírus não contou com a presença do titular da pasta, como ocorreu durante toda a semana passada. Apenas o secretário Wanderson de Oliveira, da Vigilância em Saúde, representou a pasta. A entrevista coletiva também foi mais rápida que o normal, durando pouco mais do que 30 minutos e sem a presença de integrantes do primeiro escalão do governo.
Até as 14h, eram 12.056 casos e 553 mortes confirmadas por coronavírus no Brasil. Foram 67 mortes e 926 novos casos nas últimas 24 horas. A chamada "taxa de letalidade", calculada com o percentual de mortos entre todos casos confirmados, está em 4,6%. Apesar das perspectivas que o Ministério da Saúde tinha de esta estatística baixar com o aumento de testes, o número segue subindo.
A região Sudeste lidera em número de casos com 7.046 (58,4% dos casos de todo país) e 390 óbitos. A região Sul tem 1.318 casos confirmados (10,9%) e 28 mortos por covid-19.
*Colaboraram Silvana Pires e Roger Silva