Após uma série de reuniões de negociação, o MDB, maior bancada da base aliada, finalmente foi convencido a votar a favor do projeto que muda a carreira do magistério estadual. Com oito deputados, o partido é considerado fiel da balança para a aprovação.
Para garantir o apoio, o governo teve de fazer concessões aos aliados, que ajudaram a confirmar os votos de outra bancada aliada, a do PP.
A articulação decisiva ocorreu em uma reunião, na tarde desta terça-feira (28), a portas fechadas entre emedebistas, progressistas, a presidente do Cpers, Helenir Schürer, o líder do governo, Frederico Antunes, e o procurador-geral do Estado.
A principal mudança no projeto é a garantia de que a parcela autônoma formada pelas gratificações excedentes ao subsídio será congelada, sem ser absorvida em futuros reajustes.
Outra garantia do governo, provocada pelo MDB, é de que o projeto garantirá a distância entre as faixas salariais sempre que houver reajuste, evitando o achatamento da carreira.
Também foi definido que a incorporação pelo exercício de função gratificada, como direção de escola, será na proporção do período exercido.
Uma regra de transição será criada para beneficiar os servidores que estão próximos da aposentadoria.
— Não ficou ideal, mas ficou palatável — descreveu Gilberto Capoani (MDB), um dos mais resistentes à proposta anterior.
As mudanças devem ser formalizadas em uma emenda coletiva da base aliada, apresentada na quarta-feira (29). Deputados de oposição também serão convidados a assinar.