Servidores da área da segurança pública iniciaram, na manhã desta quinta-feira (5), dia de protestos em Porto Alegre contra o pacote do governo Eduardo Leite, que altera as carreiras e a aposentadoria do funcionalismo. Entidades que representam membros da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros prometem mobilização unificada na região central da Capital antes de conversa com parlamentares na Assembleia Legislativa, no início da tarde.
Por volta das 9h30min, um grupo de manifestantes se reuniu no entorno do prédio que abriga os jornais Zero Hora e Diário Gaúcho e as rádios do Grupo RBS, no cruzamento das avenidas Erico Verissimo e Ipiranga, antes de seguir em direção ao Palácio Piratini.
— O motivo do protesto é o nosso descontentamento com o pacote do governo e com a visão que a RBS está dando para a sociedade da nossa posição. Com esse pacote, quem mais vai ser prejudicado é a sociedade, pois quem está sendo atacado são os professores e o policiais — disse o policial da reserva Humberto dos Santos, 47 anos.
Cerca de 40 pessoas se reuniram em uma das faixas da Avenida Erico Verissimo, circundando um carro de som, que intercalava os hinos do Brasil e do Rio Grande do Sul com palavras de ordem proferidas por um orador, que orientava os presentes sobre a mobilização. Parte do grupo usava com a inscrição Veteranos da Brigada Militar. Frases como “governador mentiroso. Policiais unidos jamais serão vencidos” e “governador não minta para a sociedade. Respeite nossos direitos” podiam ser lidas nos cartazes carregados no ato.
Colunista de política em Zero Hora e em GaúchaZH e apresentadora do Gaúcha Atualidade, Rosane de Oliveira era um dos alvos do protesto. Manifestantes criticaram comentários da jornalista sobre a mobilização da categoria. Por volta das 10h30min, a marcha seguiu pela Avenida Ipiranga em direção à sede do governo estadual.
Programação
Membros da área de segurança pública irão se reunir na Praça Brigadeiro Sampaio, no centro da Capital, ao meio-dia. Dali, sairão em caminhada até a Assembleia Legislativa. No Teatro Dante Barone, a categoria fará um encontro com deputados, que será transmitido em um telão instalado na Praça da Matriz.
Depois, uma assembleia geral irá discutir os rumos da categoria. Um possível aquartelamento deve ser colocado em votação. Os organizadores estimam a participação de 10 mil servidores no ato, incluindo caravanas vindas do Interior. Servidores da Polícia Civil têm mobilizações marcadas para terça-feira (10), e que inspetores e escrivães já aprovaram indicativo de greve.