A deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP) disse nesta segunda-feira (14) que entrará com uma ação na Justiça Eleitoral nesta terça-feira (15) para conseguir manter o seu mandato após deixar o seu partido. Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, ela disse que não há mais espaço para ela no PDT.
— Tem diversas coisas acontecendo que eu vou pedir para outros partidos conseguirem, porque o PDT deixou de ser o meu partido. Hoje eu não atuo mais como vice-líder, os projetos que eu tinha em São Paulo foram cancelados — disse Tabata, que está há três meses suspensa no PDT.
A deputada afirmou ainda que não tem ideia para qual sigla irá:
— Hoje, para mim, duas coisas são muito importantes: um partido que me dê espaço para eu defender minha visão de mundo, que entenda que ela é relevante, que, de novo, é uma visão de mundo que fala do social, mas também fala do desenvolvimento econômico. Que me dê liberdade para desenvolver tudo isso. E um partido que me dê liberdade para eu fazer o que estava fazendo dentro do PDT.
Segundo Tabata, além dela, os deputados do PDT Marlon Santos (RS), Flávio Nogueira (PI) e Gil Cutrim (MA), e do PSB Rodrigo Coelho (SC), Jefferson Campos (SP) e Felipe Rigoni (ES), também deverão mover ações judiciais individuais com a mesma intenção.
Suspensão
Tabata e outros sete parlamentares foram suspensos do PDT em julho após votarem pela aprovação da reforma da Previdência no plenário da Câmara, não seguindo a orientação do partido.
Na época, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, confirmou a abertura de processo disciplinar na comissão de ética do partido para apurar a conduta dos deputados federais.