O presidente Jair Bolsonaro chega na tarde desta segunda-feira (23) a Nova York com uma agenda limitada que pode ser reduzida a pouco mais de 30 horas na cidade. Segundo o Itamaraty, o único compromisso confirmado do brasileiro até agora é o discurso de abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), na terça (24).
Em recuperação de uma cirurgia que corrigiu hérnia decorrente da facada que levou na campanha eleitoral de 2018, Bolsonaro já havia cancelado encontros bilaterais durante sua passagem pela ONU, mas disse que jantaria com o presidente dos EUA, Donald Trump, durante sua estadia em Nova York.
A previsão inicial era que o brasileiro chegasse aos EUA no domingo (22) e voltasse a Brasília na quarta (25), após encontros com presidentes de outros países para tentar, entre outras discussões, reverter a imagem negativa no Exterior criada principalmente após o agravamento da crise na Amazônia.
Depois do procedimento cirúrgico, porém, a viagem foi reduzida em dois dias, e auxiliares afirmavam que Bolsonaro poderia, no máximo, jantar com Trump e acompanhar a primeira-dama, Michelle, em um dos dois compromissos que ela tem durante a cúpula.
Contudo, neste domingo, jornalistas foram informados pelo Itamaraty de que não há previsão oficial de nenhum desses compromissos, mas que a agenda ainda poderia ser alterada.
Integrantes do Planalto, por sua vez, mantêm a perspectiva de um encontro entre Bolsonaro e Trump, além do discurso do brasileiro. Como é praxe, o líder americano faz uma recepção para os chefes de Estado na noite da véspera da abertura da Assembleia Geral.
Michelle, por sua vez, terá um encontro com primeiras-damas na missão do Paraguai na segunda, após a chegada da comitiva presidencial, e na terça, depois do discurso de Bolsonaro, participa de evento da Unicef com pessoas portadoras de necessidades especiais.
Na comitiva de Bolsonaro estarão, além de Michelle, seu filho Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), o chanceler Ernesto Araújo, o general Augusto Heleno (GSI), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o presidente da comissão de Relações Exteriores do Senado, Nelsinho Trad (PSD-MS), o assessor para assuntos internacionais da Presidência, Filipe Martins, o porta-voz, Otávio Rêgo Barros, e o chefe da Secretaria de Comunicação do Planalto, Fabio Wajngarten.