O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se reúne neste sábado (6) com o ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, e com o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, para tratar da articulação da reforma da Previdência.
Também participam das conversas na residência oficial do presidente da Câmara os líderes do PP, deputado Arthur Lira (AL), e do DEM, Elmar Nascimento (BA), na Câmara, o senador Omar Aziz (PSD-AM), além de Edinho Magalhães, presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate), e representantes da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Frentas).
Na sexta-feira (5), em entrevista ao programa "Pânico", da rádio Jovem Pan, Maia havia informado que se reuniria com "três, quatro líderes" para articular a votação da reforma no plenário. A ideia é tentar aprovar o texto já na próxima semana. Neste final de semana, ele busca contar votos dos deputados. Maia avalia que já possui os 308 necessários para aprovar as mudanças na aposentadoria no plenário da Câmara. Para ser enviada ao Senado, a proposta precisa passar por dois turnos de votação na casa, com exigência mínima de 308 votos favoráveis em cada uma.
Ramos tomou posse nesta quinta-feira (4) como ministro da Secretaria de Governo. Segundo a Presidência, ele assumirá o papel de articulador político, que vinha sendo desempenhado pelo ministro da Casa Cilvil, Onyx Lorenzoni. Este continuaria responsável pelas negociações com o Congresso envolvendo a aprovação da reforma da Previdência.
A comissão especial da Câmara concluiu na madrugada de sexta, depois de 16 horas de negociações, a votação do relatório da reforma da Previdência. A proposta segue para análise no plenário, onde ainda pode sofrer alterações.
O texto-base das mudanças nas regras de aposentadoria foi aprovado no início da tarde de quinta-feira por 36 votos a 13. Depois, os deputados seguiram com a votação de destaques -pedidos de partidos e deputados para que uma parte específica da proposta seja analisada separadamente.