Ex-motorista do deputado federal Alexandre Frota (PSL-SP), Marcelo Ricardo Silva afirma ter sido usado como laranja pelo parlamentar. Em depoimento prestado no dia 28 de maio ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP), Silva disse que assumiu a titularidade de duas empresas que eram de Frota em troca de promessas de compensações. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
O ex-motorista também afirma que, por orientação do deputado, teria recebido pagamentos de terceiros e os repassado para Fabiana Rodrigues, mulher do parlamentar — que é vice-líder do PSL na Câmara. Para a Folha, além de reafirmar o que disse em depoimento, fez novas acusações.
O ex-motorista contou que trabalhou na campanha eleitoral de 2018 e que foi pago por empresários amigos do deputado, recursos que não foram declarados à Justiça Eleitoral. Em fevereiro, Silva chegou a ocupar um cargo no gabinete por 20 dias.
Frota negou as suspeitas e diz ser vítima de "ameaças e extorsão".
"Dessas condutas criminosas, em março de 2019, o deputado lavrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil de Cotia (SP) e uma representação perante a Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados", afirmou Alexandre Frota em nota.