O deputado estadual e tenente-coronel Luciano Zucco renunciou, nesta terça-feira (7), à presidência do PSL gaúcho em carta a Luciano Bivar, que comanda o diretório nacional do partido. No documento, Zucco critica o "comportamento agressivo" dos seus correligionários.
"Apesar de todo o denodo empregado para o cumprimento dessas missões, não encontrei eco junto à Executiva Nacional diante de ofensas perpetradas por um correligionário parlamentar contra quatro colegas. O comportamento agressivo não condiz com os ditames de uma agremiação que se apresenta como instrumento sintonizado com a nova política que os brasileiros exigem", afirma a nota.
O deputado federal Nereu Crispim deverá ser o novo presidente do partido. O descontentamento com Zucco, que era tido como autoritário pelos seus colegas de PSL, era grande dentro da Assembleia Legislativa do RS, onde o parlamentar exerce seu mandato, e na Câmara dos Deputados.
O conflito, entretanto, não se resume à figura do deputado estadual. Na sexta-feira (4), a coluna de Carolina Bahia em GaúchaZH divulgou um áudio no qual o deputado federal Bibo Nunes xinga Zucco e o seu colega de Câmara Federal, Ubiratan Sanderson.
— O Zucco tá fora, não é mais o presidente, tá fora. Ele, o Sanderson, todos, tão fora, foram expulsos. Não estão mais na executiva, tá? E eu vou tomar conta. Mas espera dois meses que eu vou tomar conta, vou botar o Nereu (Crispim) agora, depois eu vou ajeitar tudo. Esse palhaço do Zucco, aí, quem ele tá pensando que é? Zucco tá na rua. Sanderson também. Tão tudo fora, tá? Deixa que nós vamos ajeitar tudo isso aí, fica tranquilo. Te falei. Esses palhaços aí se deram mal, tão fora, desmoralizados — afirma Bibo no áudio.
Bibo já havia entrado em conflito com Carmen Flores, que foi candidata ao Senado pelo PSL, mas não se elegeu. Em dezembro de 2018, ele anunciou, no programa Timeline, que Carmen estava fora da presidência do partido, mas a empresária negou na ocasião. No final do mês, a sua retirada foi confirmada, e Carmen decidiu deixar o partido.
— Os deputados (gaúchos, eleitos) foram até Brasília e fui execrada lá. Não posso concordar com isso e por isso estou deixando o partido. Estou muito triste porque não deram o valor a todo o trabalho que fiz. Larguei tudo, a minha empresa, para me dedicar — afirmou na coluna de Rosane de Oliveira.