O ex-presidente Michel Temer definiu sua prisão na manhã desta quinta-feira (21), pela força-tarefa da Operação Lava-Jato, como "uma barbaridade". A delação foi dada ao jornalista Kennedy Alencar, comentarista da rádio CBN, que conversou por telefone com o emedebista no momento da detenção.
Conforme Alencar, o próprio ex-presidente atendeu o telefone e, ao ser questionado sobre o que acontecia, informou que "estava na companhia de policiais federais". Temer ainda disse que a ação decorre de um mandado de prisão preventiva expedido pelo juiz Marcelo Bretas, da da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro.
A prisão de Temer tem como base a delação de Lúcio Funaro, que entregou à Procuradoria-Geral da República (PGR) no ano passado informações complementares do seu acordo de colaboração premiada. Entre os documentos apresentados, estão planilhas que, segundo o delator, revelam o caminho de parte dos R$ 10 milhões repassados pela Odebrecht ao MDB na campanha de 2014.
De São Paulo, Temer será levado ao Rio de Janeiro.