BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Após ter causado polêmica nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro apagou vídeo com conteúdo obsceno que havia divulgado durante o Carnaval.
Ele também retirou pergunta sobre o que era "golden shower", práticas sexual exibida nas imagens e que define o fetiche de urinar na frente de um parceiro ou sobre ele.
A publicação, que foi criticada tanto pela cúpula militar como por líderes partidários, foi apagada de sua conta oficial do Twitter sem explicações oficiais do Palácio do Planalto.
Na terça-feira (19), a defesa dos dois homens retratados no vídeo ingressaram com pedido de mandado de segurança no STF (Supremo Tribunal Federal) requerendo a exclusão das imagens da conta do presidente.
Em caráter reservado, assessores presidenciais afirmam que o vídeo foi excluído pelo presidente no dia 7 de março, devido à repercussão negativa do episódio, inclusive na imprensa estrangeira. Procurado pela reportagem, o Palácio do Planalto não quis comentar oficialmente.
A data de exclusão, contudo, é contestada por amigos dos homens expostos. Segundo eles, o vídeo ainda não havia sido apagado da conta oficial do presidente na segunda-feira (18).
As imagens divulgadas mostravam um homem introduzindo um dedo no próprio ânus e recebendo um jato de urina na nuca.
Segundo relatos feitos à reportagem, Bolsonaro ficou incomodado com a repercussão negativa causada pelo vídeo, "sentiu o golpe" e admitiu que reagiu por impulso ao compartilhar o material.
Em nota à imprensa, a defesa os dois homens afirmou que a exclusão do conteúdo é uma "atitude republicana" e uma "grande vitória" para democracia,
"Nós consideramos que, processual e tecnicamente, ainda há questões jurídicas a serem enfrentadas pela Suprema Corte", disse.