O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), teria ocultado da Justiça Eleitoral a posse de diversos imóveis ao longo de sua carreira política em Macapá. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, há diversos registros de aquisições imobiliárias feitas pelo parlamentar na capital do Amapá do final dos anos 1990 até meados de 2016.
Em 2012, por exemplo, Alcolumbre declarou não ter nenhum patrimônio, mas os registros nos cartórios de Macapá mostram que ele era proprietário de três lotes em um condomínio residencial da cidade, tendo informado no início daquele ano a construção de uma casa de 179 metros quadrados. Na época, era deputado federal de terceiro mandato, com salário de R$ 26,7 mil, além de outros benefícios.
Além disso, segundo a Folha, ele adquiriu em fevereiro do mesmo ano outra casa no bairro Trem, um dos mais tradicionais da cidade, por R$ 585 mil.
Ao todo, a Folha localizou, em quatro cartórios, escrituras e registros atestando a aquisição de cinco terrenos e duas casas. No período, houve a venda de apenas um terreno, em 2012, por R$ 42 mil.
Omitir bens para fins eleitorais é crime previsto no artigo 350 do Código Eleitoral, e prevê pena de até cinco anos de prisão e multa. Procurado, o parlamentar negou as suspeitas.