O líder do PCdoB na Câmara, deputado Orlando Silva (SP), não acredita que os partidos de esquerda irão se unir em torno de uma candidatura para a presidência da Casa em fevereiro.
— Vai voltar a fase em que grandes líderes vão lançar uma campanha por uma candidatura única da esquerda para presidência da Câmara. Igual foi para presidente. Todo mundo sabe que não acontecerá, mas cada um fala para sua rede. E ganha likes. E prepararia mais derrotas — escreveu o parlamentar no Twitter, chamando a tentativa de uma candidatura única de "temporada" deflagrada pela decisão do PSL de apoiar a reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) na Casa.
— Será preciso a tragédia brasileira se agravar pra turma acordar, abrir os olhos e compreender a dimensão da catástrofe que significou 2018? O Brasil é maior que qualquer "narrativa". Os riscos que nosso povo sofre são reais. A luta precisa ir além da busca por "likes" — completou.
Ainda de acordo com o líder do PCdoB, o acordo do PSL com Maia revelou uma movimentação do partido do presidente Jair Bolsonaro.
— O PSL descobriu que não basta ter 50 deputados. Se ficar falando apenas para as redes sociais, ficarão totalmente à margem do funcionamento real da Câmara. E sofrerão derrotas seguidas — afirmou.
