O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou nesta quinta-feira (31) que as forças armadas da Venezuela terão protagonismo na resolução da crise política e social instalada no país. Para Mourão, a pressão internacional está aumentando e “está chegando” o momento de resolver a situação.
— A questão venezuelana só será resolvida a partir do momento em que as Forças Armadas venezuelanas se derem conta de que não dá para continuar da forma como está — afirmou a jornalistas na saída de seu gabinete, no anexo 2 do Palácio do Planalto.
O vice reforçou o discurso de que o problema da Venezuela é interno, e deve ser resolvido por autoridades do próprio país. No dia 23 de janeiro, ele havia descartado a possibilidade de intervenção armada no país.
Mourão acredita que os conflitos poderão ser encerrados a partir do momento em que houver uma saída para o presidente Nicolás Maduro e sua equipe. No caso do Brasil e de outros países contrários ao regime bolivariano, caberia dar sequência às sanções e pressões política e econômica, na sua opinião.
— As pressões estão aumentando. Nós, militares, em todos os lugares do mundo, entendemos que há um limite, e eu acho que eles estão entendendo que chegaram neste limite — opinou.
Nos últimos dias, o regime de Maduro foi impedido pelo banco real do Reino Unido de retirar US$ 1,2 bilhão em ouro, de acordo com o site Bloomberg. A medida teria sido adotada por interferência de autoridades dos Estados Unidos que apoiam o líder da oposição venezuelana Juan Guaidó.
Para Mourão, o bloqueio de bens de autoridades venezuelanas em outros países “é uma solução que pode ser aventada”, mas a situação só será resolvida por iniciativa das Forças Armadas do país.