O autoproclamado presidente interino Juan Guaidó descartou a possibilidade de uma guerra civil na Venezuela, garantindo que a maioria do país quer a saída de Nicolás Maduro.
— Na Venezuela não há risco de uma guerra civil (...) porque 90% da população quer mudanças — disse o presidente da Assembléia Nacional em entrevista publicada pelo jornal El País nesta quinta-feira (31).
No entanto, ele alertou sobre o risco de violência, mas por parte de "Maduro e seu regime, que usam forças especiais da polícia e paramilitares".
— Eles assassinaram dezenas de jovens em uma semana, mais de 140 em 2017 — disse Guaidó, que se proclamou presidente interino em 23 de janeiro, argumentando que a reeleição de Maduro era ilegítima e que ele, como presidente da Assembleia Nacional, era o encarregado de fazê-lo, de acordo com a Constituição.
Guaidó insistiu em seu pedido para que as Forças Armadas venezuelanas ignorem Maduro.
— Tenho certeza que em algum momento a expressão de descontentamento nas Forças Armadas será total e a ocasião deve ser para ficar do lado da Constituição, não apenas porque estamos oferecendo anistia e garantias — disse ele ao jornal espanhol.