O ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni apresentou à imprensa, nesta quarta-feira (23), as prioridades para os primeiros dias do governo de Jair Bolsonaro. O documento define as ações a serem tomadas pelos ministérios no início do mandato.
— Não são todas (as metas) nem necessariamente as mais importantes. São metas que o governo vai se empenhar para ter a condição de apresentar após 100 dias de governo. Estamos apresentando metas finalísticas escolhidas pelos ministérios, marcando o compromisso dos ministérios com essa meta — disse Onyx.
Entre as prioridades estão algumas medidas que já haviam sido anunciadas, como o 13º benefício do Bolsa Família, o combate às fraudes nos benefícios do INSS e o decreto que flexibiliza a posse de arma. Outras ainda não foram adotadas, como a vinculação da autorização de concursos públicos à adoção de medidas de eficiência administrativa.
— Antes de abrir novo concurso, a pasta vai ter que mostrar que já se encaixou nas políticas de governança pública — afirmou Onyx Lorenzoni durante o pronunciamento.
O governo também pretende tirar o brasão do Mercosul dos passaportes e retomar o brasão da República. Esta é a ação 24, descrita como uma das prioridades do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), coordenado por Ernesto Araújo. De acordo com o documento, a medida pretende "fortalecer a identidade nacional e o amor à Pátria".
— Vamos lutar internamente para fazer reduções dentro dos 100 dias. Cada vez que diminuirmos a estrutura do governo federal, reduzimos os níveis hierárquicos, reduzirmos o dispêndio com chefia, assessoramento e cargos comissionados, mais dinheiro sai da atividade meio e vai para a ponta — disse Onyx.
Repercussões do Fórum de Davos
Onyx também citou o fato de que Bolsonaro não ampliou o que fará a respeito da reforma da Previdência no Fòrum Econômico Mundial, em Davos. Para o ministro da Casa Civil, o importante foi mandar um sinal para investidores.
— É claro que o presidente não falou como ela vai ser feita, vamos continuar nessa onda. Sinalizamos ao mercado o que era importante.
Caso Flávio Bolsonaro
O ministro da Casa Civil também se pronunciou a respeito das denúncias relativas ao senador eleito pelo Rio de Janeiro Flávio Bolsonaro (PSL). Além das movimentações atípicas relacionadas ao seu ex-assessor, Fabrício Queiroz, policiais militares que tiveram parentes empregados no gabinete de Flávio na Alerj foram presos nesta terça-feira (23) em uma operação contra milícias no Rio de Janeiro.
— Uma coisa e uma coisa, outra coisa é outra coisa. Isso eu aprendi com minha avó, lá no RS. As questões que envolvem a Assembleia do Rio estão circunscritas no Rio, temos só que aguardar. O governo vai continuar trabalhando pelas pessoas. O governo não vai perder o norte. O que estamos apresentando hoje, aqui, é um norte — declarou.