O corpo do irmão do ex-presidente Lula, Genival Inácio da Silva, foi enterrado no começo da tarde desta quarta-feira (30) em São Bernardo do Campo. O sepultamento de Vavá ocorreu pouco depois de o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, autorizar o ex-presidente a deixar a prisão, em Curitiba, e ir até a cidade do ABC paulista para se encontrar com familiares.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse que não havia condições de esperar Lula para o enterro. Ela afirmou que, quando os familiares souberam da decisão, o cortejo já estava saindo da capela.
Toffoli permitiu que Lula vá até a Unidade Militar na região de São Bernardo do Campo, cidade em que os cortejos fúnebres de Vavá — que morreu na terça-feira (29), aos 79 anos — foram realizados.
"Concedo ordem de habeas corpus de ofício para, na forma da lei, assegurar, ao requerente Luiz Inácio Lula da Silva, o direito de se encontrar exclusivamente com os seus familiares, na data de hoje, em Unidade Militar na Região, inclusive com a possibilidade do corpo ser levado à referida unidade militar, a critério da família", destaca Toffoli na decisão.
No encontro de Lula com os familiares, está proibido o uso de celulares e outros meios de comunicação externo. Além disso, Toffoli ressalta que a imprensa não poderá entrar na Unidade Militar e que Lula não poderá fazer manifestações públicas.
Segundo o ministro, "essas medidas visam garantir a segurança dos presentes, do requerente, e dos agentes públicos que o acompanharem".