O presidente Jair Bolsonaro usou um colete à prova de balas por baixo do terno e da camisa usados para a cerimônia. A medida, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo, foi sugerida pela equipe do presidente por precaução, uma vez que ele fez questão de desfilar em carro aberto com o Rolls-Royce que transporta presidentes desde 1953.
O Gabinete de Segurança Institucional havia sugerido, inicialmente, que Bolsonaro desfilasse em carro fechado.
Atiradores de elite foram colocados sobre o Palácio do Itamaraty e em outros órgãos públicos de Brasília, no esquema de segurança para a posse de Jair Bolsonaro.
O esquema de segurança montado para a posse foi alvo de divergências nesta terça-feira (1º). Enquanto o deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF) reclamou que foi barrado três vezes para entrar na Casa, o deputado delegado Edson Moreira (PR-MG) lembrou que há ameaças ao presidente e disse que "nada mais justo e correto" do que a segurança. Durante a semana, Bolsonaro recebeu cartas de eleitores pedindo que não se expusesse na cerimônia.
O esquema de segurança deixou os profissionais de imprensa isolados e sem água por horas. O tratamento hostil foi criticado por entidades como a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). Para a entidade, o tratamento conferido a repórteres em Brasília é antidemocrático.
Na nota, a Abraji diz que "um governo que restringe o trabalho da imprensa ignora a obrigação constitucional de ser transparente. Os brasileiros receberão menos informações sobre a posse presidencial por causa das limitações impostas à circulação de jornalistas em Brasília".