O presidente da República, Michel Temer, disse na quinta-feira (6) que entregará o país no século 21 após encontrá-lo "desgastado e no século 20", quando o assumiu, em 2016. Temer foi homenageado com a insígnia da Ordem do Mérito Industrial São Paulo, no grau de Grã-Cruz, pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em cerimônia no início da noite, na capital paulista.
— Fizemos um governo que começa agora a ser reconhecido. Em dois anos e meio, um pouco mais, conseguimos produzir resultados benéficos ao país. Eu costumo dizer que, na verdade, nós trouxemos o Brasil para século 21. Eu o encontrei no século 20, e desgastado — disse em seu discurso.
O presidente ressaltou que, quando chegou à Presidência, o Produto Interno Bruto (PIB) do país era negativo em 5,9% e que, ao final de 2017, o índice estava em 1% positivo.
— Em pouco tempo, caminhamos com o PIB em 6,9% — garantiu.
Temer lembrou ainda que o país deverá fechar o ano com déficit menor que o previsto. Segundo ele, o déficit em 2018 deverá ficar em torno de R$ 125 bilhões, ante uma previsão de R$ 159 bilhões.
— O que significa exação do desempenho da administração pública e, naturalmente, competência da nossa equipe governativa — disse.
O presidente voltou a citar, como realizações da sua gestão, a aprovação do teto de gastos públicos, a reforma trabalhista, a diminuição da inflação e a recuperação de empresas estatais como Petrobras, Banco do Brasil e Correios. Temer ressaltou, no entanto, que suas ações não foram feitas buscando popularidade e que elas serão reconhecidas a partir de agora.
— Eu acabei fazendo (as ações do governo) despreocupado com a popularidade. A popularidade é uma coisa diferente do populismo. O populismo é algo que você faz hoje para ser aplaudido hoje e ser vaiado amanhã. A popularidade é algo que você faz hoje, tem objeções, observações, mas é aplaudido amanhã. O meu amanhã está chegando — disse.