Prestes a encerrar seu mandato à frente do governo do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori fez nesta sexta-feira (21) um balanço das realizações da gestão. Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, o governador exaltou as mudanças na área da segurança pública e as medidas tomadas para conter a crise financeira no Estado.
— O melhor (do governo) foi a superação na questão da segurança. Ali foi feito um trabalho não só de aumentar efetivo, compra de armas, aquisição de equipamentos, avanço na inteligência, mas de ações, produzindo resultados integrados. No começo do governo, foi o que mais criou embaraços e dificuldades — afirmou, lembrando o ano de 2016, quando teve de constituir um Gabinete de Crise e demitir o então secretário da Segurança, Wantuir Jacini, um dia após a morte de uma mãe em frente à escola dos filhos.
Quanto à crise nas contas públicas – que provocou parcelamentos e atrasos nos salários do funcionalismo ao longo da gestão –, Sartori citou, entre outros pontos, a liminar obtida junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender o pagamento da dívida com a União e a aprovação da lei de Previdência complementar aos servidores.
— Nós fizemos a nossa parte, o Rio Grande do Sul fez o dever de casa (...) Imagina se tivéssemos feito nada? — indagou, comentando ainda os "orçamentos realistas" que foram feitos durante a gestão.
Sucessão no Piratini
Perguntado sobre algum conselho que gostaria de passar ao seu sucessor, Eduardo Leite (PSDB), Sartori pontuou a relação entre as equipes na transição, o repasse de informações para o futuro governo e se colocou à disposição do próximo governador:
— Eu disse um dia, conselho é pai que dá para filho. (...) Ele (Leite) tem uma boa equipe, a formação que vem fazendo acho que está estruturado da forma que ele julga melhor. Estarei sempre à disposição, quando desejar, e não farei publicamente, porque acho que não cabe.