Principal articulador do futuro governo e futuro titular da Casa Civil, Onyx Lorenzoni confirmou, em entrevista ao Gaúcha Atualidade nesta segunda-feira (3), que o primeiro escalão do governo Bolsonaro terá 22 pastas — sete a mais do que o capitão da reserva prometeu durante a campanha. Onyx afirmou ainda que o Ministério do Trabalho deixará de existir, ao menos no formato atual, tendo suas funções distribuídas entre outras três pastas: Justiça, Economia e Cidadania.
— Serão 20 ministérios funcionais e dois eventuais — resumiu.
Segundo ele, dois deles — o Banco Central e a Advocacia-Geral da União (AGU) —, que já tiveram os futuros titulares anunciados, perderão status de ministério. Para isso, será necessário aprovar Propostas de Emenda à Constituição (PECs).
Até agora, Jair Bolsonaro já anunciou, no total, 20 ministros. Conforme Onyx, só resta divulgar quem vai comandar as pastas de Meio Ambiente e de Direitos Humanos, Família e Mulheres, para a qual já foi convidada a advogada e pastora Damares Alves.
O futuro ministro da Casa Civil fez questão de reforçar que o próximo governo será diferente dos anteriores dos últimos 30 anos, quando ocorreu um "famigerado presidencialismo de coalizão":
— O Brasil construiu a relação entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo com base no toma lá dá cá. Esse é um compromisso do presidente Bolsonaro, de que não vamos fazer.
Quanto às indicações do segundo e terceiro escalão, que reflete em cargo federais no Rio Grande do Sul, Onyx disse que será uma "mescla" entre nomes técnicos e políticos.