O ex-assessor Fabrício Queiroz, que trabalhou como motorista para o deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), não compareceu ao depoimento marcado no Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) para esta quarta-feira (19). O depoimento foi remarcado para a próxima sexta-feira (21).
Em nota, o MP informou que a defesa alegou uma "inesperada crise de saúde" e a realização de exames médicos de urgência para justificar a ausência de Queiroz. Além disso, os advogados afirmaram falta de tempo hábil para analisar os autos da investigação.
Queiroz seria ouvido pelo Grupo de Atribuição Originária em Matéria Criminal (Gaocrim). O novo depoimento será feito a partir das 14h de sexta-feira.
O nome de Queiroz, ex-assessor do filho do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), é citado no relatório que integrou a investigação da Operação Furna da Onça, desdobramento da Lava-Jato no Rio de Janeiro, que prendeu 10 deputados estaduais no início de dezembro.
No relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeira (Coaf), segundo informações publicadas na imprensa, foi identificada movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta de Queiroz.
O deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro disse na terça-feira (18) que as explicações sobre as transações devem ser prestadas pelo próprio Queiroz.
— Quem tem de dar explicação é meu ex-assessor, e não eu. A movimentação atípica é na conta dele — disse, após a cerimônia de diplomação como senador no Tribunal de Justiça.