Futuro ministro-chefe da Casa Civil, o deputado Onyx Lorenzoni criticou, nesta segunda-feira (12), o posicionamento de organizações não-governamentais (ONGs) sobre as políticas de meio ambiente no Brasil. Ao comentar os planos do governo de Jair Bolsonaro para a área, Onyx afirmou que, enquanto a média de preservação de matas no Brasil é de 31%, em outros países com território semelhante o índice é de 10%.
— Não dá pra vir ONG da Noruega ou da Holanda dizer o que a gente tem que fazer... Os noruegueses têm que aprender com os brasileiros — afirmou, em entrevista na sede do governo de transição, em Brasília.
Onyx diz que o governo tem uma lista de nomes de cotados para comandar o ministério do Meio Ambiente, e que há um pré-estudo sobre a linha que será seguida na pasta. Ao citar recentes repasses a ONGs nacionais e internacionais, afirmou que o governo está “preocupado” com a situação.
O futuro ministro não comentou nomes específicos para o comando da pasta, como da atriz Maitê Proença, que admitiu ter sido sondada para ocupar o cargo.
Sobre o restante da equipe ministerial, Onyx também não antecipou nomes, mas cometeu um ato falho ao se referir ao ex-presidente do PSL, Gustavo Bebianno, como futuro ministro da Secretaria-Geral da Presidência. Embora seja o principal cotado, ele ainda não foi confirmado no cargo.
Onyx disse que a definição e o anúncio dos ministros cabem exclusivamente a Bolsonaro, mas espera que, até quarta (14), “a gente já possa falar sobre o desenho definitivo (da equipe ministerial)”.
Sobre a reforma da Previdência, o futuro chefe da Casa Civil admitiu que “a tendência é de que fique para o ano que vem” a votação de qualquer medida, inclusive as que não exigem mudanças na Constituição, e por isso necessitam de um número menor de votos. Mesmo assim, a equipe de transição está recebendo propostas de mudanças no sistema previdenciário, que serão apresentadas a Bolsonaro nesta terça (13), quando está prevista a chegada do presidente eleito a Brasília para uma série de compromissos.