O presidente eleito Jair Bolsonaro admitiu, nesta segunda-feira (19), a possibilidade de privatizar parte da Petrobras. O anúncio foi feito durante coletiva no Rio de Janeiro, enquanto Bolsonaro comentava a indicação do economista Roberto Castello Branco para a presidência da empresa. Castello Branco é conhecido por defender a privatização de empresas públicas.
— Ele já escreveu artigos defendendo privatizações, inclusive a privatização da Petrobras. É totalmente de acordo com o que pensa o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes. Nesse artigo o Castello Branco não só defendia a privatização da Petrobras como uma maneira de torná-la mais eficiente como também criticou ou tabelamento dos fretes. Ele falava, nessa ocasião sobre a greve dos caminhoneiros e falava que a privatização de empresas como a Petrobras seria uma saída para solucionar a questão dos preços, aumentando a competição no mercado interno —avaliou a comentarista Carolina Bahia.
— A questão é que quando se fala em Petrobras, não é uma Petrobras só. Ela está dividida em vários braços e ele já admitiu no momento a privatização de uma parte. Não chega a ser uma novidade isso. A Petrobras é dona de muitos negócios em que ela tem participação acionária, na área de petroquímica, por exemplo, e isso vai passar nos cobres — destacou a comentarista Rosane de Oliveira.
Outro assunto que gerou grande repercussão foi a reunião do futuro ministro da Segurança Pública, Sergio Moro, que indicou a nomeação de integrantes da Lava-Jato para o seu gabinete. Agora, a expectativa é sobre o nome para assumir o comando da Polícia Federal. Sobre este assunto, Carolina Bahia comenta que a escolha de nomes da PF não é surpresa:
— Não é surpresa a escolha de nomes da Polícia Federal para acompanhá-lo. são pessoas que já sabíamos que Sergio Moro confia e traz apara a equipe dele. Agora a expectativa é quanto a nomeação do novo diretor da Polícia Federal, mas está tudo de acordo com o que os próprios investigadores da Lava-Jato imaginaram: que haveria uma equipe bastante afinada nessa questão de combate à corrupção por dentro dos meandros da Lava jato. A gente observa uma tranquilidade por parte dos investigadores e também para os procuradores envolvidos na Lava-Jato — analisou Carolina.
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