Com nome confirmado à frente da Controladoria-Geral da União (CGU) no governo de Jair Bolsonaro, Wagner de Campos Rosário, defende a criação de uma “agenda única e clara" para servidores com cargos altos na administração pública. Segundo Rosário, a medida seria uma alternativa melhor que a proposta de regulamentação do lobby no Governo Federal — encaminhada pela pasta em maio de 2017 para ampliar a transparência no Poder Executivo.
— Uma agenda ainda é mais eficiente, com todas as reuniões ocorridas, com os assuntos dessa reunião, o que elas representam; ainda é o melhor caminho — opina, em conversa no Gaúcha Atualidade desta quinta-feira (22) — Tem gente que objetiva um grupo hoje, eu não sou a favor (do lobby), porque acho que não vai cair bem para a cultura do brasileiro — completa.
Indagado sobre possíveis mudanças na legislação futuramente, Rosário afirmou que a pasta tem focado no Decreto 9203/2017, assinado no final do ano passado, que estabelece mecanismos de liderança, estratégia e controle para avaliar, direcionar e monitorar a gestão, com vistas à condução de políticas públicas e a melhor prestação de serviços à sociedade.
— (o decreto) Traz implementação dos planos de integridade até o final de novembro, a partir de janeiro estaremos acompanhando. É uma grande mudança de cultura porque os órgãos vão passar a gerenciar seus riscos de fraude — explica.
Segundo Rosário, a CGU tem "plano de levar todas as ferramentas (de transparência) do executivo adiante. De oferecer gratuitamente para os estados e municípios, que têm carência de recursos humanos e financeiros".
Na terça-feira (20), Bolsonaro confirmou que Wagner de Campos Rosário continuaria à frente CGU. Ele está no cargo desde junho do ano passado, quando assumiu a pasta para substituir Torquato Jardim, que foi para o Ministério da Justiça do governo Temer.