A Polícia Civil indiciou nove pessoas em inquérito que apurou fraudes em licitações na prefeitura de Agudo, na Região Central. Entre os apontados, está o vice-prefeito Moisés Carlos Kilian (MDB), que foi preso durante operação em junho, servidores e empresários. Os crimes identificados pelos investigadores são estelionato, corrupção ativa e passiva, peculato (quando envolve subtração ou desvio por parte de servidores públicos), fraudes licitatórias, organização criminosa e lavagem de capitais. O documento foi encaminhado à Justiça no final da tarde de sexta-feira (14).
Em junho, depois de apuração que começou no fim do primeiro semestre de 2017, sete pessoas foram presas, quatro de forma preventiva e três em flagrante. Todas são suspeitas de envolvimento em um esquema que teria fraudado procedimentos licitatórios por meio de combinação e superfaturamento, dispensa do processo de licitação e fracionamento de compras. Os empresários suspeitos são do ramo de peças e maquinários.
Além do vice-prefeito, outros três servidores teriam participado dos crimes. De acordo com a Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes contra a Administração Pública e Ordem Tributária (Deat), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), o prejuízo pode chegar a R$ 1,1 milhão, considerando apenas os anos de 2015 e 2016. Na época das prisões, a prefeitura de Agudo, cidade distante 64 quilômetros de Santa Maria, informou que o objetivo era auxiliar nas investigações.
GaúchaZH tentou novo contato com a prefeitura neste sábado (15), mas não conseguiu resposta para contraponto. Além disso, também tenta contato com a defesa do vice-prefeito de Agudo.