O prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PMN), disse nesta quarta-feira (9) que pediu à Justiça Federal para que os militantes que acampam perto da sede da Polícia Federal (PF) – onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preso – sejam retirados de lá.
— O prédio da PF não é uma penitenciária, e a Justiça não pode violar a lei. Conversei com desembargadores do TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) de Porto Alegre e fui muito bem recebido — disse em entrevista ao Jornal da Eldorado.
Ainda de acordo com o prefeito curitibano, o monitoramento feito pela Polícia Militar do Paraná e pela Guarda Municipal para manter a segurança do local, onde já houve um ataque a tiros que deixou ao menos dois feridos, custa cerca de R$ 10 mil por dia.
— Temos um monitoramento da PM e da Guarda, isso custa dinheiro, mas os ânimos estão acirrados. O PT e o MST colocam em antipatia a população civil de Curitiba. Tudo que for preciso para proteger os moradores eu vou fazer. A Justiça não tem direito de criar desarmonia na minha cidade — afirmou.
Lula cumpre a pena de 12 anos de prisão na sede da PF em Curitiba desde 7 de abril, dois dias depois de ter tido a prisão decretada pelo juiz Sergio Moro no caso do triplex do Guarujá (SP) e após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter-lhe negado um habeas corpus. O ex-presidente foi condenado em segunda instância pelo TRF4 de Porto Alegre.
Desde então, militantes do PT, MST, CUT e outros movimentos sociais acampam perto da sede da PF em Curitiba em vigília pela libertação do ex-presidente. O local também tem recebido visitas de líderes do PT e de outros partidos.