Manter positivo o poder de compra dos participantes do Bolsa Família é a principal intenção do governo ao realizar reajuste médio de 5,67% nas parcelas do programa, afirmou nesta terça-feira (1º) o ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame. Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, Beltrame destacou que o aumento nos valores, divulgado na noite de segunda-feira (30), ajudará no crescimento e desenvolvimento de famílias e da economia.
— Significa R$ 684 milhões rodando a mais na economia, e isso tem um impacto bastante significativo não só na vida das pessoas, mas na economia local. Movimenta mercadinho, movimenta, enfim, a economia de um modo geral. E tem uma relação direta com o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). Aquelas cidades que têm maior percentual de famílias dentro do Bolsa Família têm um IDH que cresce mais rapidamente do que aquelas que têm menos gente — disse o ministro.
Vigorando a partir de julho, as novas cifras farão com que a parcela média paga pelo governo passe de R$ 177,71 para o valor estimado de R$ 187,79. Beltrame negou que recursos de outras áreas serão retirados para que a alteração seja possível. Na prática, o ministério terá seu orçamento suplementado graças ao gerenciamento de recursos do déficit da previdência.
Segundo o ministro, atualmente a fila de espera para o programa, que abrange 13,7 milhões de famílias no país, está zerada. Movimentações de entrada e saída do Bolsa Família são realizadas sazonalmente, assim como as verificações de renda e demais condições.
— Hoje, nós podemos dizer que podem existir ainda casos esporádicos de declarações falsas ou com problemas, mas, de modo geral, esse controle está sendo feito mensalmente pelo ministério em parceria com a Caixa Econômica Federal — afirmou Beltrame.