Cinco submetralhadoras HK MP5 desapareceram do arsenal da Polícia Civil do Rio de Janeiro até 2011, segundo informações obtidas pelo telejornal RJTV, da Globo. De acordo com peritos, a arma alemã foi usada por criminosos para matar a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes.
Das 71 submetralhadoras MP5 do arsenal das polícias do Rio, cinco que pertenciam à Civil não foram encontrados durante um recadastramento feito em 2011. A Polícia Civil foi procurada pelo RJTV, mas ainda não se manifestou sobre o desaparecimento do armamento.
Durante a reconstituição do crime, na semana passada, testemunhas do assassinato identificaram o som da arma como sendo parecido com os dos disparos feitos na noite da ação criminosa.
Segundo os investigadores, o atirador portava uma , que utiliza munição calibre 9 mm — comumente usada em pistolas.
A submetralhadora é pouco usada no Rio e não costuma ser utilizada com frequência em operações por ser considerada obsoleta em relação a armamentos desse tipo.
Por ter seu alcance de disparo limitado, ela colocaria os agentes em desvantagem em confrontos contra o tráfico de drogas. Somente 17 HK MP5 foram apreendidas com criminosos no Estado.
Investigados
Na quarta-feira (9), o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou que o vereador do Rio Marcello Siciliano (PHS), o ex-policial militar Orlando de Oliveira Araújo, que está preso acusado de chefiar uma milícia, e um policial militar estão sendo investigados pela morte de Marielle e Anderson.
O ministro disse que as investigações sobre o caso estão chegando ao fim. A polícia e o Ministério Público (MP) estariam negociando acordo de delação com Araújo.