Investigações da Polícia Federal que apuram a medida provisória assinada por Temer que teria beneficiado empresas do setor portuário indicam que ele teria lavado dinheiro de propina em imóveis da família. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Até agora os trabalhos da PF apontam que o presidente lavou dinheiro para pagar reformas em casas de familiares e dissimulou transações imobiliárias em nome de terceiros, entre eles, sua mulher e o filho do casal. A PF também acredita que o presidente teria recebido ao menos R$ 2 milhões em propina por meio do coronel Lima, amigo próximo de Temer, em 2014.
Uma das obras investigadas é a reforma da casa da filha de Temer, Maristela Temer. Os custos teriam sido pagos por Maria Rita Fratezi, mulher de coronel Lima.
Nesta quinta-feira (26), a PF encaminhou ao Supremo Tribunal Federal um pedido de prorrogação do prazo de inquérito por mais 60 dias. O objetivo é tentar rastrear o dinheiro utilizado na compra e melhoramento em imóveis de familiares do presidente.
Contraponto
A defesa do presidente Michel Temer afirma que os recursos utilizados são compatíveis com seus rendimentos alegando que "uma simples consulta ao histórico de sua evolução patrimonial evidencia a paridade entre os valores de salários e ganhos de aplicações financeiras e as transferências realizadas".