Os prefeitos eleitos em outubro de 2016, deram a largada aos mandatos em 1º de janeiro de 2017 e seguirão no comando dos municípios até 31 de dezembro de 2020. Mas, em São Pedro do Sul, o prefeito Victor Doeler (PP), eleito com 7 mil votos, anunciou que deixará a administração em 1º de fevereiro de 2019. A decisão de ficar apenas dois anos à frente do Executivo municipal se deve, basicamente, a dois fatores: a desilusão com o atual momento político do país e a preocupação com a própria saúde.
— É muita safadeza de tudo que é partido. Isso deixa a gente sem esperança. E nós, os prefeitos, tendo de ficar com o chapéu na mão pedindo ajuda desses governos corruptos. Sem dizer que estou com problemas cardíacos e não quero, literalmente, morrer na política — diz o prefeito.
Com 62 anos, Doeler já teve outras passagens pela administração municipal. Entre 1989 e 1992, foi vice-prefeito. Depois, entre 1993 e 1996 e de 2005 a 2008, ocupou a prefeitura. Agricultor, Doeler passará o comando à vice-prefeita Ziânia Bolzan (PTB).
Ele afirma que está dando tempo para a vice se ambientar quanto ao andamento da máquina pública:
— O anúncio (da saída) foi feito com antecedência, o que dará tempo e condições de ela se inteirar sobre o funcionamento da administração municipal.
Com orçamento projetado em cerca de R$ 45 milhões para este ano, São Pedro do Sul tem sua economia sustentada em torno da atividade agrícola. A maior geradora de empregos da cidade é a prefeitura, que tem cerca de 600 servidores. Atualmente, a gestão conta com 20 CCs.