Lideranças sindicais e de movimentos sociais que discursam em frente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP), acabam de mudar o tom de suas falas. Até pouco antes da 17h, horário em que se encerrou o prazo para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se entregar à Polícia Federal (PF), pregavam a resistência ao mandado de prisão e a desobediência civil. No entanto, agora dizem que o petista não está desrespeitando a lei.
Os líderes frisam que o ex-presidente está em lugar público.
— Nós não enfrentamos a lei. Aquele juiz de Curitiba (Sergio Moro) deu ao presidente Lula a opção de se apresentar em Curitiba — disse a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann. — Lula decidiu ficar aqui, num lugar público e de endereço conhecido, ao lado do seu povo — completou.
Gleisi falou para a militância em nome do ex-presidente. Ela agradeceu pelo apoio de todos.
— É aqui que ficaremos. É aqui que o presidente está — apontou Gleisi. — Optamos por isso não para afrontar. Mas não espere que caminharemos para o brete como o gado para o matadouro — acrescentou.