Parada desde 2013, a obra de ampliação da Câmara de Vereadores de Santa Maria, que já conta com um histórico de problemas ganha mais um item para sua lista de pendências: a destinação de parte dos móveis comprados para mobiliar a estrutura, avaliada em quase R$ 5 milhões. Ainda no fim de 2012, o então presidente do Legislativo, Manoel Badke (DEM), fez a aquisição de todo o mobiliário para o novo prédio a um custo de R$ 128 mil. À época, foram adquiridas mesas, cadeiras e armários. Ao todo, seriam, pelo menos, 150 equipamentos.
Uma comissão especial trata, desde o ano passado, dos desdobramentos desse prédio que segue inconcluso. Conforme o presidente da comissão, o vereador Daniel Diniz (PT), foi feita uma visita ao almoxarifado central da prefeitura e lá se verificou, com o relato de um servidor do Executivo, que o material ficou no depósito entre abril de 2013 e agosto de 2014.
Após isso, ainda segundo o vereador, os móveis foram sendo retirados gradativamente, à época, com autorização da própria Câmara. Nesse período, o material restante também teria ido para a Secretaria de Infraestrutura.
Acontece que, de lá para cá, o material sumiu e ninguém mais sabe onde se encontra. Parte dos móveis já foi colocada nos gabinetes dos vereadores. Mas a maioria deles, conforme Diniz, segue sendo dúvida. O político afirma que ouviu de um servidor da prefeitura, que responde a alguns questionamentos feitos por ele, que os móveis foram entregues sem nota fiscal e não tinham registro de patrimônio.
A prefeitura irá emitir uma posição sobre a situação ainda na tarde desta terça-feira (6).