O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso decidiu nesta terça-feira (13) que a defesa do presidente Michel Temer terá acesso à decisão que determinou a quebra de sigilo bancário somente após o cumprimento das diligências que foram determinadas.
O pedido de acesso foi feito na semana passada pelos advogados do presidente, após serem notificados da decisão de Barroso. A defesa queria acesso imediato à decisão que fundamentou a quebra do sigilo dos dados bancários, com base em um pedido de Polícia Federal (PF).
Barroso é responsável no STF pelo inquérito que investiga o suposto favorecimento da empresa Rodrimar por meio da edição do chamado decreto dos portos, assinado pelo presidente Temer em maio do ano passado.
Na ação, além de Temer, são investigados o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures e os empresários Antônio Celso Grecco e Ricardo Mesquita, donos da Rodrimar, empresa que atua no Porto de Santos.
Em janeiro, ao responder por escrito aos questionamentos dos delegados responsáveis pelo caso, a defesa do presidente Temer declarou que ele nunca foi procurado por empresários do setor portuário para tratar da edição do decreto, tampouco autorizou qualquer pessoa a fazer tratativas em seu nome.